A greve dos professores das universidades federais completa um mês
neste domingo sem nenhuma perspectiva para o fim do movimento. O
Ministério do Planejamento prometeu apresentar na próxima terça-feira
uma proposta para o plano de carreira dos docentes. Contudo, o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes)
avalia que a greve não será encerrada, mesmo se a proposta for
considerada boa.
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Esperamos que o governo pare de enrolar e apresente uma proposta
concreta. Esperamos que haja algo objetivo para que, a partir daí,
possamos iniciar um processo de negociação. O fim da greve sequer está
na nossa pauta - disse o vice-presidente da Andes, Luiz Henrique Schuch.
Segundo ele, apesar dos transtornos causados pela greve, o movimento tem recebido apoio da sociedade.
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Temos recebido uma resposta de acolhimento por parte da sociedade. Esse
é um movimento vitorioso porque a sociedade não se engana mais com
discursos vazios. A sociedade está percebendo que a pior crise do país é
a da falta de políticas públicas para a educação - argumentou Schuch.
Na
última terça-feira, o governo federal chegou a pediu, sem sucesso, uma
“trégua” de 20 dias aos professores federais para continuar as
negociações. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do
Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que o governo se comprometeria a
apresentar ao fim desse prazo uma proposta para solucionar o impasse em
torno da reestruturação da carreira, principal reivindicação dos
professores. Além de não concordar com a “trégua”, os grevistas
criticaram a postura do governo.
- Estamos, desde o segundo
semestre de 2010, esperando propostas concretas do governo para podermos
conversar com a categoria e isso não aconteceu. Não deu para acreditar
que o governo chegou falando em “trégua”. Foi uma coisa fora da
realidade - disse Schuch
A greve já atinge 55 instituições
federais de ensino em todo o país. Também em busca da reestruturação de
carreira, os servidores vinculados ao Sindicato Nacional dos Servidores
Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe)
anunciaram greve geral a partir de amanhã, entre docentes e técnicos. A
paralisação deve atingir 40 mil servidores.
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