terça-feira, 15 de maio de 2012

Acusados de Canibalismo em Garanhuns vão a júri popular por 5 crimes

A Justiça de Garanhuns aceitou denúncia de assassinato contra os três acusados de canibalismo em Pernambuco. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 50, Isabel Cristina Pires da Silveira, 51 e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25 vão responder pelas mortes e ocultação de cadáver de duas mulheres, que tiveram os restos mortais enterrados no quintal da casa onde morava, em Garanhuns.
O juiz José Carlos Vasconcelos Filho, da 1ª Vara Criminal do município, aceitou a denúncia no último dia 10, e os três acusados vão a júri popular por cinco crimes. Segundo a denúncia do MP (Ministério Público Estadual), Gisele Helena da Silva, 31, e Alexandra Falcão, 20, foram mortas pelo trio com requintes de crueldade.
O trio, que está com prisão preventiva decretada, é acusado de dois homicídios triplamente qualificados, além de estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e ocultação de cadáver. No despacho em que aceita a denúncia do MP, o juiz diz que as mortes ocorreram “em contexto de extrema violência, canibalismo e rituais macabros”.
Para o MP, os acusados cometeram os crimes com “enorme violência contra a pessoa, consistente em retalhamento do corpo das vítimas, as quais eram ocultadas no quintal da própria casa dos acusados”.
O MP alegou que os acusados faziam ritual de sacrifícios de mulheres. “Após retalharem os corpos das vítimas, os acusados comiam a carne humana e ainda a colocavam em empadas e salgadinhos que eram vendidos para as populações de Garanhuns e até Caruaru, maculando a saúde e o bem-estar de uma enorme coletividade de pessoas”, alegou o MP.
A denúncia foi feita com base no inquérito policial, que apontou indícios de autoria por meio dos próprios depoimentos das vítimas e laudos técnicos.
Na denúncia, o juiz ainda deu um prazo de 10 dias para citação do acusado e recebimento da resposta por escrito. Os acusados, que confessaram os crimes, não têm advogados e serão defendidos por defensores públicos.
Outra morte
Além das duas mortes em Garanhuns, a polícia de Olinda --região metropolitana do Recife-- também tem inquérito aberto pela apurar a morte de outra mulher, ocorrida em 2008. A vítima seria Jéssica Camila, que está desaparecida desde 2008 e teria sido morta em outro ritual macabro.
Quando foi preso, no dia 11 de abril, o trio cuidava de uma criança de cinco anos, que seria filha de Jéssica e teria sido sequestrada. Segundo o depoimento dos acusados, a menina assistia aos rituais de canibalismo. A menor foi encaminhada, à época, ao Conselho Tutelar.

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