O juiz José Carlos Vasconcelos Filho, da 1ª Vara Criminal do município,
aceitou a denúncia no último dia 10, e os três acusados vão a júri
popular por cinco crimes. Segundo a denúncia do MP (Ministério Público
Estadual), Gisele Helena da Silva, 31, e Alexandra Falcão, 20, foram
mortas pelo trio com requintes de crueldade.
O trio, que está com prisão preventiva decretada, é acusado de dois
homicídios triplamente qualificados, além de estelionato, furto
qualificado, falsidade ideológica e ocultação de cadáver. No despacho em
que aceita a denúncia do MP, o juiz diz que as mortes ocorreram “em
contexto de extrema violência, canibalismo e rituais macabros”.
Para o MP, os acusados cometeram os crimes com “enorme violência contra a
pessoa, consistente em retalhamento do corpo das vítimas, as quais eram
ocultadas no quintal da própria casa dos acusados”.
O MP alegou que os acusados faziam ritual de sacrifícios de mulheres.
“Após retalharem os corpos das vítimas, os acusados comiam a carne
humana e ainda a colocavam em empadas e salgadinhos que eram vendidos
para as populações de Garanhuns e até Caruaru, maculando a saúde e o
bem-estar de uma enorme coletividade de pessoas”, alegou o MP.
A denúncia foi feita com base no inquérito policial, que apontou
indícios de autoria por meio dos próprios depoimentos das vítimas e
laudos técnicos.
Na denúncia, o juiz ainda deu um prazo de 10 dias para citação do
acusado e recebimento da resposta por escrito. Os acusados, que
confessaram os crimes, não têm advogados e serão defendidos por
defensores públicos.
Outra morte
Além das duas mortes em Garanhuns, a polícia de Olinda --região
metropolitana do Recife-- também tem inquérito aberto pela apurar a
morte de outra mulher, ocorrida em 2008. A vítima seria Jéssica Camila,
que está desaparecida desde 2008 e teria sido morta em outro ritual
macabro.
Quando foi preso, no dia 11 de abril, o trio cuidava de uma criança de
cinco anos, que seria filha de Jéssica e teria sido sequestrada. Segundo
o depoimento dos acusados, a menina assistia aos rituais de
canibalismo. A menor foi encaminhada, à época, ao Conselho Tutelar.
Do Uol notícias
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